Projeto do Reino Unido desenvolveu método de ensino para inclusão digital. Para pesquisadores, cursos falham em atender às necessidades básicas dos usuário.
Um projeto financiado pelo Conselho de Pesquisa Econômica e Social em Londres, no Reino Unido, desenvolveu formas de ensinar às pessoas as habilidades necessárias para aproveitar o máximo das informações tecnológicas atuais. O Instituto Nacional de Educação Adulta Continuada (NIACE, em inglês), irá utilizar as descobertas do projeto Penceil (que estuda como as pessoas se deparam com o analfabetismo digital e como atuam para superá-lo) em seu trabalho atual com uma iniciativa do governo.
Um grupo de pesquisa da Escola de Economia de Londres trabalhou com moradores e organizações comunitárias no distrito de Lambeth, descobrindo que as pessoas com problemas em relação a informações tecnológicas tendem a ter menos recursos financeiros, maior idade e menor nível de educação que a média. Mas seus medos têm fundamento. Por não saber como lidar com um PC, elas ficam assustadas com as notificações de ataques de vírus e prejuízos ocorridos pela web divulgados na mídia.
Além disso, de acordo com o pesquisador Mike Cushman, elas geralmente não utilizam os recursos por dificuldade com o idioma. “Ferramentas de busca estão envolvidas em muitos usos dentro de um computador, e elas são pouco tolerantes a palavras escritas erradas. Mesmo com corretores ortográficos, isso pode significar uma experiência on-line desapontadora para estas pessoas”, disse Cushman.
Os pesquisadores envolvidos no projeto Penceil descobriram que a maior parte dos cursos disponíveis para potenciais usuários de computadores falha em ajudar os estudantes a fazer o que eles mais querem. No topo desta lista está comunicação através de e-mails, encontrar informações on-line e fazer compras via web. Eles desenvolveram e ensinaram um curso para ajudar esses usuários a realizar as tarefas e superar seus medos em relação aos PCs.
O curso desenvolvido também conta com tópicos mais avançados, como contribuição em blogs e fóruns on-line, além de privacidade na internet e precisão das informações encontradas na web.
Para Cushman, um grande problema é que a maior parte do material para pessoas que querem utilizar PCs é voltado para o uso no trabalho, não em casa. “Isso pode piorar a exclusão social. Os governos querem realizar mais serviços através da internet, mas poucas pessoas têm consciência destas facilidades. Nossa pesquisa mostra que é possível que as habilidades tecnológicas sejam ensinadas e a confiança desses usuários seja aumentada”, afirmou.
Fonte: G1
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