segunda-feira, 27 de junho de 2011

Educação digital pode acabar com medo de tecnologia

Projeto do Reino Unido desenvolveu método de ensino para inclusão digital.  Para pesquisadores, cursos falham em atender às necessidades básicas dos usuário.

Um projeto financiado pelo Conselho de Pesquisa Econômica e Social em Londres, no Reino Unido, desenvolveu formas de ensinar às pessoas as habilidades necessárias para aproveitar o máximo das informações tecnológicas atuais. O Instituto Nacional de Educação Adulta Continuada (NIACE, em inglês), irá utilizar as descobertas do projeto Penceil (que estuda como as pessoas se deparam com o analfabetismo digital e como atuam para superá-lo) em seu trabalho atual com uma iniciativa do governo.

Um grupo de pesquisa da Escola de Economia de Londres trabalhou com moradores e organizações comunitárias no distrito de Lambeth, descobrindo que as pessoas com problemas em relação a informações tecnológicas tendem a ter menos recursos financeiros, maior idade e menor nível de educação que a média. Mas seus medos têm fundamento. Por não saber como lidar com um PC, elas ficam assustadas com as notificações de ataques de vírus e prejuízos ocorridos pela web divulgados na mídia.

Além disso, de acordo com o pesquisador Mike Cushman, elas geralmente não utilizam os recursos por dificuldade com o idioma. “Ferramentas de busca estão envolvidas em muitos usos dentro de um computador, e elas são pouco tolerantes a palavras escritas erradas. Mesmo com corretores ortográficos, isso pode significar uma experiência on-line desapontadora para estas pessoas”, disse Cushman.

Os pesquisadores envolvidos no projeto Penceil descobriram que a maior parte dos cursos disponíveis para potenciais usuários de computadores falha em ajudar os estudantes a fazer o que eles mais querem. No topo desta lista está comunicação através de e-mails, encontrar informações on-line e fazer compras via web. Eles desenvolveram e ensinaram um curso para ajudar esses usuários a realizar as tarefas e superar seus medos em relação aos PCs.

O curso desenvolvido também conta com tópicos mais avançados, como contribuição em blogs e fóruns on-line, além de privacidade na internet e precisão das informações encontradas na web.

Para Cushman, um grande problema é que a maior parte do material para pessoas que querem utilizar PCs é voltado para o uso no trabalho, não em casa. “Isso pode piorar a exclusão social. Os governos querem realizar mais serviços através da internet, mas poucas pessoas têm consciência destas facilidades. Nossa pesquisa mostra que é possível que as habilidades tecnológicas sejam ensinadas e a confiança desses usuários seja aumentada”, afirmou.

Fonte: G1

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