A Associação Nacional das Indústrias de Armas e Munições (Aniam) lançou no Congresso Nacional, na semana passada, o gibi Turma Legal, disponibilizado na internet.
A finalidade é mostrar às crianças, de um modo divertido, o perigo que representam as armas de fogo. O Superlegal, o Levy, a Letícia, o Lelê e o Leguinho – o cachorrinho inteligente da turma – são os personagens da história.
Numa das seis páginas da revistinha há uma tarefa para que as crianças exercitem o conhecimento sobre o que é perigoso à saúde e à segurança. A publicação está na página da associação na internet (www.aniam.org.br) e foi lançada na Câmara, depois de audiência pública na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. A campanha do desarmamento foi o assunto do encontro.
O presidente da Aniam, Salésio Nuhs destacou que as indústrias de armas são a favor da campanha. “Até porque quem detém armas de forma ilegal é um concorrente. Também burlam o governo, porque nós pagamos impostos e empregamos 40 mil pessoas", disse. Ele defendeu que a posse de armas, em casa, deve ser concedida a quem se responsabilize pela guarda. Além disso, o cidadão que a registra deve estar preparado para manipulá-la.
Para o representante da organização não governamental Viva Rio, Antônio Rangel, que também representa o Movimento Desarma Brasil, ter uma arma em casa nunca é seguro. "A criança acaba descobrindo onde está a arma um dia". Por isso, ele acha que todo cidadão deveria fazer a entrega. Outro motivo, segundo ele, é o grande número de casos de furtos em residências, situação em que as armas podem parar nas mãos de bandidos.
A Campanha Nacional do Desarmamento continua em todo o país, tendo em sete meses recolhido 35 mil armas, de acordo com balanço divulgado na semana, durante o Seminário de Desarmamento, Controle de Armas e Prevenção à Violência, organizado pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e a Organização das Nações Unidas (ONU).
Em 2010, 35 mil pessoas morreram no país vítimas de disparos de armas de fogo. Estão em funcionamento nos estados 1.861 postos de entrega de armas, cadastrados pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, pelo Corpo de Bombeiros e pela Guarda Municipal.
A entrega pode resultar em indenizações entre R$ 100 e R$ 300. Para isso, o cidadão precisa pedir à Polícia Federal uma guia de trânsito para conduzir o objeto e não é exigida a comprovação da origem da arma.
Fonte: Agência Brasil
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